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Pregador Luo #Testemunho com familia #Confira

atualizado com testemunho com familia 13/3/2023

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Pregador Luo, sempre com mensagem #boraavancar

Envolvido com o hip hop desde 1988, o rapper Pregador Luo, é líder e fundador do grupo ?Apocalipse 16? e proprietário do selo independente 7 Taças, selo pelo qual lançou seus dez títulos, incluindo o lançamento: “Pregador Luo – Música de Guerra, 1ª Missão”.

 

Recebí hoje Testemunho com a familia(Emocionante) …ASSISTA

Este testemunho com sua mãe,irmão(Felipe) e Album de familia,

vale à pena confere

Ao longo de sua carreira dentro do hip hop, Luo já trabalhou com outros nomes e grupos que hoje são destaques dentro do cenário do rap. Fez mais de 150 participações em músicas de outras bandas e artistas que o convidaram para colaborar em seus trabalhos.

Entre os convites para fazer participações especiais, destacam-se os mais recentes: DVD da Jamily; DVD do Pastor Adhemar de Campos; CD de Quelinah (Seriado Antônia – Rede Globo) lançado em 2007; e no CD do grupo KLB, na faixa “Obsessão”, que dá nome ao CD do trio lançado em 2006, sendo uma das músicas mais executadas daquele ano nas rádios em todo o Brasil.

Luo é responsável também pelos Temas de Entrada dos principais lutadores de Vale-Tudo, em campeonatos nos EUA e Japão, entre eles: Vitor Belfort, Pedro Rizzo, Vanderlei Silva, Jorge Patino Macaco, Thiago Silva, Rogério Minotouro, Gezias Cavalcante (JZ Calvan), Anderson Silva, Rafael Feijão, Maurício Shogun e Lyoto Machida.

Em dezembro de 2008, foi lançado o CD “Música de Guerra – 1ª Missão”, álbum temático que contém os temas de entrada criados por Luo, especialmente para os lutadores de MMA. O álbum traz faixas inéditas que contam com as participações especiais do Ministério Trazendo a Arca, Chorão (Charlie Brown Jr.), e Deise (Fat Family).

Na liderança do grupo Apocalipse 16 já fez apresentações em quase todos os Estados do Brasil e em diversas cidades do interior de São Paulo. Ganhou com o Apocalipse 16 os prêmios de melhor álbum do ano e grupo de hip hop, com o CD “2ª Vinda – A Cura”, e também de melhor selo de hip hop (7 Taças), ambos conferidos pelo prêmio “Hutús”, além de vários outros prêmios.

Pregador Luo ganhou o Troféu Talento 2009, na categoria melhor “Álbum Rap”, com o CD “Música de Guerra – 1ª Missão”. Foi indicado também na categoria Álbum Independente. Esta premiação recebeu os principais nomes da música cristã nacional. No Troféu Talento 2008, o Apocalipse 16 recebeu o prêmio “Melhor Álbum de Rap”, com o CD “7T SP”. No Troféu Talento 2007, o CD e DVD “Apocalipse 16 – Ao Vivo” recebeu 7 indicações, levando 3 prêmios nas categorias: melhor “Selo Independente?, melhor “Banda”, melhor álbum em estilo “Rap e Alternativos”. No ano de 2006, Luo foi premiado pelo álbum “D’Alma”, na 11ª edição do Troféu Talento, que elegeu o CD do Apocalipse 16 como o melhor “Álbum Rap”.

Somados, todos os lançamentos do selo 7T, ultrapassam a marca de quatrocentas mil cópias comercializadas.

Atualmente, Luo comanda o programa de rádio ?Soul Nossa Rádio?, na Nossa Rádio 91.3 FM, em São Paulo, aos Sábados, das 21h00 às 23h00, que é retransmitido para as principais capitais do Brasil, e também pela internet.

Os temas abordados nos trabalhos de Luo variam entre conteúdos hoje pouco valorizados na música brasileira, como por exemplo, o respeito às mulheres, ou a valorização da raça e da cultura afro e latino-americana. Estão sempre presentes nos álbuns que ele lança, uma avaliação do atual momento social e espiritual do país e do mundo, segundo a sua própria ótica. As belezas e as mazelas da nossa própria pátria são relatadas em cima de uma sonoridade diferente do tradicional rap feito no Brasil.

O nome ?Luo? foi escolhido pelo próprio rapper para se rebatizar, prática que é muito comum entre os rappers, já que eles, muitas vezes, têm nomes e sobrenomes herdados de antigos donos de escravos de procedência européia. Não sabem na sua maioria, nem mesmo o significado da origem de seus próprios nomes. ?Foi em busca de identidade própria que me rebatizei, embora seja mestiço sei que sou mais africano do que qualquer outra coisa, então queria algo que me religasse com a África. Luo é o nome da segunda maior tribo do Quênia. Também coloquei este nome porque gosto muito da lua. Acho a lua muito bonita mesmo, é ela que clareia a noite e nos traz luz na escuridão. Mas a lua não tem luz própria, sua luz é um reflexo do sol, assim como a minha pequena luz é um reflexo da luz de Deus. Espero ser o Luo das madrugadas sombrias e levar um pouco de luz para a vida daqueles que estão perdidos nas trevas mundo afora?, afirma Luo.

 
 
 

https://asus.cazamba.com/cs?publisher_id=1413&g=1524846192História contada por ele mesmo #Assista

Crédito: https://www.vagalume.com.br

RICHARLISON nasce nova estrela do futebol??? conheça sua História&Missão

Prá quem me conhece assistir copa comigo é chato, pois não fico na mesma vibe desta torcida EMOCIONADA…..assim foi todas até dia 24/11/2022 onde me emocionei pela maneira de jogar e golaço deste prá mim desconhecido olha nome Richarlison…aí lembrei Ederson,Rodrygo,Antony já conhecidos de Osasco,cidade o qual gosto muito e sei que são da Kebrada….Vejo o Sonho deste meninos se tornar realidade..e aí imagino que terei um pouco mais prá me entusiasmar pelas próxima partidas….sempre torcendo prá que todos eles façam a diferença em cada comunidade aqui deste país esquecido.Que consigam administrar seus ganhos de uma maneira social, possam aproveitar com qualidade e vida sádia nos dias que estão por Vir.

Richarlison seja só o começo de uma investida de jogadores/esportistas,artistas entre outros em conhecer prá poder defender os Esquecidos(LEIA NO FINAL…o verdadeiro Gol de placa desta figuraça)

Verdadeiro GOL DE PLACA não foi sómente da Copa

Não é pelo Gol e nem pelo Fibonacci que ele desenhou no ar.

1. Jogador se tornou embaixador de programa da USP contra a covid-19 em 2020;

2. Utilizou o Twitter, onde tem 926 mil seguidores, para aderir à campanha Oxigênio para Manaus.

3. Em 2019, Richarlison viajou ao Pantanal para conhecer o bioma. O contato com o local levou o atleta a se posicionar nas redes no ano seguinte, em 2020, e pedir medidas eficazes das autoridades para combater a série de incêndio que queimou 30% do território do local.

4. Em 2019 atleta aproveitou um jogo entre Brasil e Uruguai, na fase das eliminatórias para a Copa do Mundo 2022, para protestar contra o apagão que ocorria no Amapá há 10 dias. “Infelizmente o povo do Amapá não vai poder ver meu gol hoje porque não tem luz há DUAS SEMANAS. Estão vivendo dias muito difíceis e espero que resolvam isso logo. Queria dedicar o gol e a vitória de hoje a todos os amapaenses”.

5. Em 2022, com o histórico de defesa ambiental, o capixaba foi convidado pela Nike e pela ONG Onçafari a retornar ao Pantanal e conhecer o trabalho da instituição, que alia ecoturismo e pesquisa científica para a preservação da onça-pintada. Na viagem, Richarlison avistou uma onça e decidiu “adotar” o animal, a quem chamou de Acerola.

6. Durante o BBB20, reality da TV Globo, o atacante declarou apoio a Felipe Prior, jogador que protagonizou a edição ao se posicionar contra Manu Gavassi. No entanto, quando um caso de agressão contra uma mulher, feito por Prior, surgiu na imprensa, o atleta retirou o apoio. “Fala, pessoal! Eu não sou juiz, mas também não passo pano pra ninguém. Violência contra a mulher é abominável, não importa quem cometeu e nem porquê, não existe motivo no mundo pra que isso aconteça. Aprendi isso desde cedo”, escreveu.

7. Em 2017, Richarlison surpreendeu uma internauta recifense que iniciou uma campanha para arrecadar recursos financeiros para uma cirurgia que o pai, com doença de Parkinson, precisava fazer – o custo do procedimento era de R$ 400 mil.

… então, eu não gosto de futebol, mas eu gosto desse garoto, espero de coração que a máquina que moeu Neymar e engoliu o melhor desses meninos, não consiga chegar perto do Richarlison. Crédito Míriam Morata faço das suas palavras as minhas #Prontofalei

Créditos:

Futirinhas

Míriam Morata

Por onde Anda? Jogador Amarildo, pioneiro Atletas de Cristo? #Testemunho

……..e agora em Setembro 2022 foi contratado pelo Porto Vitória Espirito Santo,o qual desejamos SUCESSO………………………..

atualizado 11/10/2022 12h
Por onde anda Amarildo aquele jogador de futebol??? que representa o verdadeiro Evangelista no esporte…
Saber que ele continua na missão com tantos projetos, nos dá esperança e fortalece nossa caminhada…que DEUS ABENÇOE TODOS OS GUERREIROS que como ele não vê barreira….e assim o evangelho na prática continua…..#TMJ

 objetivo de conquistar a vaga para a final do campeonato capixaba sub-17!

Amarildo Souza do Amaral, o Amarildo, ex-centroavante do Internacional (RS) e São Paulo, nasceu no dia 2 de outubro de 1964.O curitibano Amarildo começou no Toledo (PR) e jogou também no Botafogo, entre 84 e 85, Inter de Limeira (SP), 85, XV de Piracicaba (86), Celta (Espanha), Lazio (Itália), Cesena (Itália), Logroñes – ao lado de Cléber – (Espanha), em Portugal, no União São João e encerrou a carreira no Bahia, em 97.Até hoje é lembrado por fazer 2 gols no Boca Juniors em plena La Bombonera

Assista e conheça ++++

Testemunho ministrado 3m 2014 na Itália (Missione Paradiso)

Resultado de imagem para amarildo lazio italia jogador de futebol

Primeiro Atleta de Cristo na Itália

Crédito: http://blogsoberanoarruda.blogspot.com.br

Finalizando a semana de julho 2022, com o objetivo de conquistar a vaga para a final do campeonato capixaba sub-17! DEUS ABENÇOE acompanhe ele https://www.instagram.com/amarildo9oficial/

Obrigado Pai – Gratidão eterna para quem deixou legado #paternidade

Gratidão eterna José Bispo de Lima(baiano,guerreiro,trabalhador exemplo prá mim e para todos que o rodeavam…
Foi Luz em vida…. Só Lembrança Boa…….

Grande Edison Braga lá por volta anos 80, inicio da minha carreira na tv como estagiario,auxiliar,assistente depois produtor TV , ele sempre com conselhos naquela calma direcionava e naquela época já falava prá não se empolgar pelas luzes da tv….resumindo #tudovaidade….. senão conhece confere https://www.museudatv.com.br/biografia/edison-braga/ minha gratidão eterna… também para Walter Vasconcelos(não achei foto) tremendo produtor de TV…

MORRE LUIZ SCHIRILÓ (1920-2022), UM DOS MAIORES EVANGELISTAS DO MUNDO ++ 56 países +++ 500 cidades #Legado

Luiz Schiliró*
1920 – 2022
Minha homenagem a um grande evangelista que tive a honra de conhecer e andar juntos nos anos 2009 (Inesquecível Celebrando a Unidade) Luiz Schiliró de abençoada memória faleceu hoje, dia 31 de julho de 2022 aos 102 anos.
++Info inbox
MORRE SCHIRILÓ, UM DOS MAIORES EVANGELISTAS DO MUNDO
Luís Schiliró, um dos grandes evangelistas do mundo do sec passado, morreu hoje aos 102 anos. Pregou em cerca de 56 países, tornando-se um dos brasileiros mais reconhecidos e respeitados na área da evangelização mundial.

Conhecí Pr. Schiriló na rua turiassu durante um culto que faltou energia elétrica,local lotado ele não exitou aceitou pegar o megafone dos atalaias e todos com a lanterna do celular durante quase 1 hora assistiram em silencio com direito à apelo no finale ( ele não abria mão de fazer?…. e em 2009 de imeditato deu ponta pé inicial e nos incentivou no projeto Celebrando a Unidade-idealizado pelo Grande Zenas Pires outro sonhador que nos deixou neste ano, o qual tenho de igual importancia na minha caminhada.-
Só Por Hoje façamos o melhor….. eles fizeram #legado agora é prosseguirmos aquí na terra pois muitos lugares precisam ainda ser alcançados….#gratidãoeterna

Quem procurar acha…..Leia o livro dele Autobiografia de Luiz Schiliró: o Pregador dos 5 Continentes
Uma das últimas ministrações em julho de 2022

Muito interessante é ver a direção de Deus na oração de transferência de e unção, a partir 1:13:50,
quando sobre a vida do PR Rafael ele pede em oração a transferência de TODA a unção que Deus lhe tinha dado. Ministração aos 102 anos realizado 16 Julho 2022
31 dias do mês de Julho de 2022 – Cerimônia de Despedida do Missionário Luiz Schiliró #gratidaoeterna

“Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer. ” Lucas 17:10

Créditos:Ministério Luiz Schiliró (#Indico – Memorial)

Weslei Viana (vídeos)

Chorão TRISTES VERDADES – CHARLIE BROWN JR –

Charlie Brown Jr. - Só Os Loucos Sabem [ETERNO CHORÃO] - YouTube
A vida de Alexandre Magno Abrão, desenterrando nosso eterno Chorão!…..perfeita colocação do Pipocando Música, com texto simples e isento de opinião, relatou e lembrou paradas que o Chorão passou….Em minha vida de produção musical não tive contato com ele mas só pelas palavras do RZO que é da minha kebrada até hoje tem ele como Figuraça….Na produção do dvd do Rodolfo o qual tivemos a cobertura do evento pelo Bolatv, vimos a emoção dele na entrevista de minutos que ele deu. Assista https://www.youtube.com/watch?v=GhYxE8-V9XA #Indico @siteoprodutor #prontofalei

A vida de Alexandre Magno Abrão, desenterrando nosso eterno Chorão!…..perfeita colocação do Pipocando Música, com texto simples e isento de opinião, relatou e lembrou paradas que o Chorão passou….Em minha vida de produção musical não tive contato com ele mas só pelas palavras do RZO que é da minha kebrada até hoje tem ele como Figuraça….Na produção do dvd do Rodolfo o qual tivemos a cobertura do evento pelo Bolatv, vimos a emoção dele na entrevista de minutos que ele deu.Assista https://www.youtube.com/watch?v=GhYxE8-V9XA

Tremendo Cara, quem ficou saiba entender o que aconteceu e este vídeo relata………#tudoDEUS

ASSISTA

Créditos
Pipocando Música

BANDA: Charlie Brown Jr.

ÁLBUM: Camisa 10 Joga Bola Até Na Chuva

LETRA: Agora eu sei exatamente o que fazer Bom recomeçar, poder contar com você Pois eu me lembro de tudo, irmão Eu estava lá também Um homem quando está em paz Não quer guerra com ninguém Eu segurei minhas lágrimas Pois não queria demonstrar a emoção Já que estava ali só pra observar E aprender um pouco mais sobre a percepção Eles dizem que é impossível encontrar o amor Sem perder a razão Mas pra quem tem pensamento forte O impossível é só questão de opinião E disso os loucos sabem Só os loucos sabem Disso os loucos sabem Só os loucos sabem Toda positividade eu desejo a você Pois precisamos disso nos dias de luta O medo cega os nossos sonhos O medo cega os nossos sonhos Menina linda, eu quero morar na sua rua Você deixou saudade Você deixou saudade Quero te ver outra vez Quero te ver outra vez Você deixou saudade Agora eu sei exatamente o que fazer Vou recomeçar, poder contar com você Pois eu me lembro de tudo, irmão Eu estava lá também Um homem quando está em paz Não quer guerra com ninguém. LINK DO ÁLBUM: https://open.spotify.com/album/0tbiBi…

Créditos

@pipocando.musica

Metal Lyrics – BR


@DiorElias

Legado??? Qual é o seu??? não sabe??? Leia

“Em conversa esta semana, me cobraram que tinha que deixar legado, na hora nem respondí, me calei…….Porém ao tomar a vacina Covid ontem(07/5/2021),parece que viajei no tempo enquanto aquela agulha entrava no meu braço….Tanta coisa boa participamos e por onde passamos sem cobrança,holofotes,créditos pessoais,sempre pensando em UNIDADE, sempre deixamos o MELHOR, a EXCELENCIA na missão e tantos frutos eu e a minha dignissima esposa Maria, temos colhido e como numa resposta de DEUS,após nossa saída whatszap acendeu a mensagem de uma liderança(FLAME-BOLA DE NEVE), convidando para participar confraternização desta moçada que tem saido para rua nos finais de semana,contrariando tantos que falam que esta Geração está perdida….Quanta honra&gratidão pode dar o primeiro toque no inicio de futebol desta moçada constituida de jovens 14 à 25 anos,estudantes,médicos,engenheiros,arquitetos,djs entre outros….Creio no Evangelho e no Legado de JESUS CRISTO… Lideres Alyson e João Mingo acreditem e oro por todos outros lideres que estão à frente dos jovens pelo mundo.

Não se preocupe em registrar tudo na missão(face,insta,matérias de jornal tv,,pois a evidencia principal não tem seu nome,igreja,ong,instituto,hospital,

time de futebol,de politico e outros,saiba pouco interessa tenha em mente que Vc é um instrumento e missionário e se tiver que aparecer mesmo seja o legado de JESUS(único digno de honra e glórias),e se tem um prêmio é o sorriso e a gratidão de quem está sendo Abençoado..Abençoe cada vez mais e sua vida mudará…

Temos que entender,ficará mais fácil prá fluir…

Acreditem #legado está sendo repassado e vcs são Resposta de DEUS prá esta geração com #temposdificeis…#boraavancar

Gratidão chegar até aquí e em cada lugar que passamos podemos ver os frutos de sementes deixadas em terreno onde ninguem acreditava.E a resposta foi dada…Obrigado JESUS #prontofalei #DEUSCONOSCO

#Meditando “Uma geração louvará as tuas obras à outra geração, e anunciarão as tuas proezas. “Salmos 145:4

Encontrar nesta Confraternização Tiagão de Flame Suzano com outro guerreiro Nigeriano e missionário Lazaur James
todos na mesma sintonia……legado #JCisOne

1. Legado

Legado é algo transmitido ou adquerido mas não como herança, é algo deixado para um todo e não só pra um.

Os dez mandamentos é um legado de Deus

Alguns registros, porém se vc NÃO ESTIVER AQUI,não se chateie se tiver alguma e queira relatar o Legado, envie para oprodutor1@gmail.com eu POSTAREI .obrigado JESUS
Ministério Nova Vida Liderança Pr. Tasso
Rua Helvetia- Projeto Braços Abertos nas madrugadas de Sexta feira 2013??
Rede Social do Centro- Banda Alma Livre
Osasco com Inesquecível guerreiro Ap.Paulo de Jesus e Joelson
Casa de Recuperação Novo Amanhecer 2008??
Guerreiros natos que nos dá alegria em todos nossos encontros
HipHop de Responsa- Timaçõ montado para ações nas ruas de SP.Rede Social do Centro
Guerreiros Nato Coronel Terra(Policiais de Cristo) Pr.Daniel(rede social do centro)
Niver supresa, só com guerreiros que participam da missão….Boiçucanga
Grande Nengo Familia Vieira,trilha do reggae em nossas vidas
Máximo Respeito Pai e filha
Bola de Neve Osasco
Bola de Neve Jaragua- Só Guerreiros
#MaximoRespeito Prs.Rina e Denise, que nos abraçaram no começo da caminhada com JESUS

Música sempre na missão HIP HOP,ADORAÇÃO E PAGODE ABENÇOADO #ideiaforte

Guerreiras intercessoras, para nossos dias de batalha
Pr.Edésio(CEF-Osasco) que se foi parceiro e guerreiro nato,fortaleceu até o último dia.Gratidão PASTOR
Casal Baliero abençoado sempre presente ,
Nas ondas do rádio …é missão
Casa de Recuperação Familia – Embuguaçú – só guerreiros
Meu Cumpadre através da vida dele JESUS,entrou em nossa vida…#gratidaoeterna
Missão
Produção de eventos,comédia,música,prod.executiva.
Christafari,Zé Orlando,Reobote Zion prá quem é do Reggae sentiu o peso deste encontro.só JESUS
Drogas Não NV(ministério nova vida)
Referencia em nossa caminhada Pr.Felipe Parente
Missão pois somos #HISTORIAnaoestoria,nunca esquecer de onde veio e entender que tudo tem propósito na Vida
Pra. Gerusa e Luis Carlos Magno, nos ajudaram nos conhecimentos para Missão- #gratidao
Bateria Abençoada
Missão….com Carlos Dafé
Johny B.Good, meu parceiro saudades sempre -Reggae deve muito à este guerreiro,
Todos seguindo o Legado deste Brother Simion ,#guerreironato #MAXIMORESPEITO
Seu Almeida, quanto aprendizado
Billy Paul,Niltão,Marli….dia inesquecível na missão
Grande Filhão Abençoado guerreiro
Familia- Legado concedido por JESUS
Legado deixado pelo Seu Lima,temos nos esforçado para prosseguir…Gratidao Eterna

+1 Guerreiro se foi Irmão Lazaro

Realmente a presença do Irmão Lazaro nesta data de 2011 pode mostrar gratidão(com testemunho que declara como evangelista Nengo Vieira em anos anteriores ministrou na vida dele , participando deste momento Único. AMusica do Irmão Lazaro foi trilha sonora nas casas de recuperação,cadeias,povo de rua..🙏🏾🇧🇷🙏🏾 DEUS CONFORTE TODOS

Este DVD emociona ainda, realizado de maneira precária, porém as letras e a presença do Espirito Santo foi tão marcante, que apesar da Industria fonografica e radio difusão que não aceitavam musicas com mais de 3 minutos, e como aconteceu com Frank Aguiar,Racionais Mcs,virou estouro de vendas na mão deles…. DEUS NOS PROPÓSITOS ….realizaou e levou a palavra de JESUSpara muitos locais discriminados…..e hoje é cantarolados em todas classes sociais….Se é que me entende.. Lazaro, gratidão eterna ..#ProntoFalei
Popular ???? JESUS era popular sua mensagem chegou onde tinha que chegar…..Lazaro conseguiu ser instrumento também, muitos Ex conheceram JESUS.
Vc vai se perguntar ele era contratado por prefeituras,igrejas grandes, locais enormes……vou te falar uma coisa, encontrei ele em vários lugares que muitas Estrelas da música gospel, não encontrei eles não….#PapoReto #DEUSCONTIGO

Pode ser uma imagem de 1 pessoa e texto que diz ""Ainda bem que eu vou morar no céu, nda bem que eu vou mora com Deus" Irmão aza 1966- 2021"
#Grato

Meu Amigo GOG = Genival Oliveira Gonçalves- #HipHopdeVerdade

“Meu amigo Gog, puxa lembrar de voce nos encontros lá na Vitrine Paulista, onde saiu tantas letras, e o movimento sério do Hip Hop se organizou na lojinha do japones Claudio na Boca do bairro em Santa Cecilia-SP (deve estar no Japão agora). Escutar hoje o que virou o Rap e não lembrar daqueles momentos de sabedoria e militancia verdadeira e hoje pensando aquí após assistir as desavenças dos rappers da antiga e nova geração ….e voce apesar das dificuldades AVANÇANDO cumprindo a missão com ética,papo reto de sempre…e aí me apareceu esta Excelente Matéria LUIZ MAKLOUF CARVALHO escrita em 2010 para Revista https://piaui.folha.uol.com.br/ mas que vale o registro da cena de verdade Hip Hop e com clareza ele explica como criou Brasil com P – (Assista Agora GOG Part. Maria Rita),depois leia a matéria. Prá terminar sinto até agora após produzir,divulgar tantos talentos….não ter agilizado nada para vc Gog….Deixa passar esta pandemia quem sabe realizo….Sempre agrandecendo à DEUS pela nossa Amizade..” #prontofalei #pokazideia

ASSISTA ANTES DE LER…. É PRÁ CHORAR, e procure depois o show completo….

É MARAVILHOSO DE #GRATIDÃO.. Paulo Diniz,Maria Rita,Lenine,Gerson King Kombo

https://www.youtube.com/watch?v=6v0oXz499xg

EDIÇÃO 41 | FEVEREIRO_2010

vozes do rap

SOCO, SUFOCO E FOGO NO GOGÓ DE GOG

A polícia perversa pega pretos, pobres e prostitutas, os políticos prometem em palanques praias e piscinas, pura palhaçada em proveito próprio, mas o poeta da periferia prevê populares portando pistolas, pólvora, pescoço, peito e pulmões perfurados

Genival Oliveira Gonçalves tirou a mala do bagageiro do carro, levou-a para a entrada do prédio e abriu-a no chão de cimento: CDs, DVDs e camisetas promocionais chamativas ficaram à mostra. Numa delas, lia-se: “O estudo é o escudo.” Àquela hora, seis da tarde, a Secretaria Municipal de Cultura de União dos Palmares, na zona da mata alagoana, deveria estar fechando as portas. Mas, com a autorização do secretário, Gonçalves expôs seus produtos para uma dúzia de possíveis compradores.https://www.deliciouus.com/assets/aserver?w=300&h=250&host=piaui.folha.uol.com.br&plugin_key=yZBrQUon9t01BomzSybW8w&ifradid=830106496175155&cmp=0

LUIZ MAKLOUF CARVALHO“É a mexerica do quilombo!”, proclamou GOG depois de três horas subindo e descendo a serra da Barriga, em Alagoas. “É a nossa santa ceia com Zumbi dos Palmares!”

Gog – Rap é Poder
Genival Oliveira Gonçalves foi alfabetizado aos cinco anos de idade pela
mãe, professora, que o iniciara nas crônicas de Cecília Meirelles. Era um fenômeno em concursos de ditado e sabia de cor as capitais do mundo. Respirava
cultura muito antes de conhecer o significado do termo. Não sabia que aquilo
de que mais gostava – o hip hop – era também uma “cultura”

“Gente, se não puder pagar à vista, eu divido em trinta, sessenta e até noventa dias”, dizia, animado. Apareceu um sujeito que, desinteressado, atravessou o burburinho – um evento, afinal, na pacata Palmares – ignorando-o por completo. Gonçalves se eriçou. “Seu Genésio me batizou com nome de caixeiro-viajante e me ensinou a vender”, disse. Carlos Roberto da Silva, o desinteressado, foi interceptado ao descer a pequena escada que levava ao portão e à rua. Guia turístico de 34 anos, Silva ruborizou levemente quando o grandalhão desconhecido – 1,80 metro e 85 quilos – abordou-o, com jeito, mas incisivo: “E aí, velho, não quer dar uma olhada nas camisetas? É o nosso trabalho de autogestão.” Silva não queria. Tinha pressa.

– Você compra uma camisa se eu falar rapidamente vinte palavras seguidas só com a letra “P”, tudo fazendo sentido? – propôs Gonçalves.

Antes que o rapaz pudesse responder, aumentou a oferta:

– Trinta palavras, todas com “P”. Trinta, velho. Topa?

– Trinta só com “P”? Não pode! – disse Silva.

– Quarenta. Topa? – aumentou Gonçalves.

– Posso anotar uma por uma?

– Pode.

Uma caneta materializou-se na mão de Silva. Mas ele regateou e só topou a aposta quando Gonçalves colocou no pano verde sessenta palavras com “P”. No meio da roda que se formou, disparou as primeiras:

Preferencialmente

Preto pobre prostituta

Pra polícia prender

Pare pense por quê?

Silva rabiscou treze “pês” numa folha de papel. E Gonçalves disparou mais dezenove:

Prossigo

Pelas periferias praticam perversidades PMs

Pelos palanques políticos prometem prometem

Pura palhaçada

Proveito próprio

Praias programas piscinas palmas

Como o rapaz não conseguia grafar o “P” no mesmo ritmo do rap, Gonçalves parou e sugeriu que marcasse com tracinhos, formando um quadrado cruzado a cada cinco palavras. Silva gostou. E, com o desafio virando festa, encheu uma folha de quadradinhos:

Pra periferia

Pânico pólvora pá pá pá

Primeira página

Preço pago

Pescoço peitos pulmões perfurados

Parece pouco

Pedro Paulo

Profissão pedreiro

Passatempo predileto

Pandeiro

Preso portando pó

Passou pelos piores pesadelos

Presídio porões problemas pessoais

Psicológicos perdeu parceiros passado presente

Pais parentes principais pertences
O rapaz se atrapalhava na contagem, mas foi até o fim:

PC [o tesoureiro de Fernando Collor]

Político privilegiado preso parecia piada

Pagou propina pro plantão policial

Passou pela porta principal

Posso parecer psicopata

Pivô pra perseguição

Prevejo populares portando pistolas

Pronunciando palavrões

Promotores públicos pedindo prisões

Pecado pena prisão perpétua

Palavras pronunciadas

Pelo poeta periferia

Na última estrofe, Silva começou a ouvir mais alguém fazendo um dueto com Gonçalves. Era o próprio. O som, ligado por um fã que o acompanhava, vinha do carro que o trouxera, estacionado ali próximo. Era a mais recente gravação de Brasil com P, uma das quinze faixas do CD GOG ao Vivo – Cartão Postal Bomba!, à venda em poucas lojas, na internet e na mala que ele carrega nas viagens. Nessa versão, o solfejo que pontua a sucessão de “pês” é da cantora Maria Rita.

No final da performance, Silva ficou sabendo que o camelô tem o nome artístico de GOG, as iniciais de seu nome. Ele as pronuncia como um monossílabo, enquanto fãs preferem chamá-lo de Gê Ó Gê. Silva terminou de marcar os “pês” com trilha sonora, visivelmente maravilhado. Desculpou-se por não conhecê-lo, e pagou a aposta comprando três camisetas e um DVD. Não tinha dinheiro para pagar à vista, então o rapper aceitou a metade e deu ao rapaz o número de sua conta, para que depositasse o resto no dia combinado. De boca, simplesmente.

GOG é um dos rappers mais premiados do hip-hop brasileiro. Em dezembro passado esteve entre os cinco primeiros do Prêmio Hutúz, junto com Racionais MC’s, MV Bill, Rappin’Hood e o falecido Sabotage. No show de entrega, incendiou a plateia com Brasil com P – premiado como um dos quatro melhores clipes da década.

O rapper faz 45 anos (ou “4.5 turbinado”, como prefere) em março. Seu primeiro disco de rap, ainda nos tempos do vinil, foi Peso Pesado, em 1992. O nono é de 2007, Cartão Postal Bomba!. Dois deles – CPI da Favela, no qual está a aliterativa Brasil com P, e Tarja Preta – entram em qualquer coletânea do rap nacional. O décimo, previsto para este ano, trará um rap calcado em Construção, de Chico Buarque, de quem GOG é admirador. “O Chico construiu, e eu vou desconstruir”, disse.

Numa entrevista a Fernando de Barros e Silva, publicada na Folha de S.Paulo em dezembro de 2004, Chico Buarque afirmou: “Quando você vê um fenômeno como o rap, isso é de certa forma uma negação da canção tal como a conhecemos. Talvez seja o sinal mais evidente de que a canção já foi, passou. Estou dizendo tudo isso e pensando ao mesmo tempo que talvez seja uma certa defesa diante do desafio de continuar a compor. Tenho muitas dúvidas a respeito. Esse pessoal [do rap] junta uma multidão. Tem algo aí. Eu não seria capaz de escrever um rap e nem acho que deveria.”

Às 6h30, GOG estava na esquina combinada, na cidade-satétite Guará II, onde mora numa casa térrea sem maiores confortos. Rogéria, com quem está casado há mais de vinte anos e tem dois filhos adolescentes, fazia o café enquanto esperava o pão que ele fora comprar. Ele tem ainda uma filha, de um namoro anterior, hoje com 22 anos. A moça mora com a mãe e ajuda na divulgação dos discos do pai.

De bermudão, camiseta e chinelo, o rapper tem uma aparência séria, quase carrancuda. Sua primeira tarefa no dia era levar o filho Guilherme à escola, pública, que fica no Plano Piloto. Foram num Golf prata 2001, cuja marca estampada na traseira foi alterada para “GOG”. O segundo compromisso foi cumprido a pé: visitar um amigo que passava por uma crise de depressão. O rapper foi levá-lo ao hospital onde tinha consulta.

Enquanto caminhava a passos largos e rápidos pela W-3, lembrou que a avenida está presente em algumas das 140 letras que compôs: contando que a média é de oitenta linhas por música, são quase 12 mil versos. Ele entoou a quilométrica letra na rua e no hospital, sem se importar com os passantes que viravam a cabeça para olhá-lo.

Era véspera de uma turnê de shows pelo Nordeste e GOG acertava, pelo celular, outros dois shows – um na praça da Sé, em São Paulo, por 15 mil reais, e outro em Jaú, no interior paulista, por 8 mil. Os telefonemas não paravam. Ele falou enquanto dirigia, esperava na fila de bancos e nas três horas que permaneceu em uma agência de viagens, atrás de passagens mais baratas. Quando se empolga, toca em vários assuntos simultaneamente, ou abandona um raciocínio para retomá-lo depois de dezenas de interpolações: parece um Eduardo Suplicy superacelerado.

Uma pergunta sobre a sua barba rala gera respostas assim: “Eu tenho orgulho, porque tem horas que eu pareço com o Che, né? Essa irmandade aí é uma coisa que eu gosto. Mas não busco. Talvez introspectivamente, não diretamente. Essa barba mostra um rosto muitas vezes jovem, mas também a maturidade da barba, do cabelo ficando branco. Surpreender e quebrar o paradigma é uma estratégia. Superar o prato feito que as pessoas pensaram que você era – e aí você passa a ser não só um bandejão.”

Também vai ao ponto quando quer: “Essa fita de aliança com o Bigode ninguém aguenta”, disse, referindo-se ao apoio do presidente Lula ao senador José (“Bigode”) Sarney. “Foi muito pesada. Então eu vou ter que voltar a esse tema no próximo disco, porque eu não posso jamais deixar isso passar batido. O pessoal espera isso do GOG.”

O rapper defende o governo Lula e integra o Conselho Nacional de Política Cultural. O presidente conhece GOG de eventos culturais. Num deles, pediu aos presentes, gente do hip-hop, que encaminhassem suas reivindicações “aqui para o nosso GOG”. Nas letras, ele atacou os Fernandos Collor e Henrique, este chamado de “sociólogo nojento”. Raposas da política brasiliense – como Joaquim Roriz ou José Roberto Arruda – também já foram para o seu paredão.

O vídeo do mensalão de Arruda, com os maços de dinheiro nos bolsos, meias e cuecas, levou GOG a participar de manifestações de protesto. O episódio também serviu de mote para uma terceira maratona das letras com “P” – “a última”, ele garante, “porque nem eu aguento mais”. Chama-se Ponto phinal. Somada a Brasil com P e a Próxima parte, são 542 palavras com “P”.

Em Ponto phinal, GOG pegou leve. Para não atrapalhar sua relação com o governo e com os políticos locais que o contratam para shows, fez uma crítica genérica, sem citar nomes, exceto o de Arruda. Nos últimos versos, ele defende:

Punição pros patifes!

Pena para Arruda?

Pega palmatória, pega palmatória!

“Não considero a palmatória instrumento de tortura, ela é mais lembrada como um corretivo”, esclareceu. “Foi a forma mais branda que encontrei para não chegar a:

Pena pro Arruda?

Pega pente, pistola

Pelotão! Preparar… pá, pá, pá!

A sala da casa de GOG fica fechada nas primeiras horas da manhã. É ali que ele instalou sua mãe, dona Sebastiana, personagem recorrente de suas letras. Piauiense de 77 anos, ela quebrou o fêmur numa queda na cozinha, em janeiro de 2007. Operou e voltou para casa. Recuperava-se, quando uma embolia pulmonar e dois derrames a levaram a uma unidade de terapia intensiva, onde ficou um ano internada. As sequelas a obrigam a ficar na cama, imobilizada. GOG transformou a sala num quarto de hospital e contratou uma enfermeira que fica de plantão. “Essa é a minha mãezinha, guerreira, que me deu tudo de importante”, apresentou-a, emocionado, na beira da cama. Dona Sebastiana não fala, mas tem os olhos abertos e, segundo o filho, se expressa por eles. Genival passou a mão pelos cabelos grisalhos, beijou o rosto e contou para ela que viajaria no dia seguinte para uma turnê.

Dona Sebastiana saiu de Gilbués, no extremo sul do Piauí, há 45 anos. Com Genival na barriga, foi morar na cidade-satélite de Ceilândia. Com quinze dias, ele nasceu. Genésio, o pai, hoje falecido, veio depois. Em Gilbués, cuidavam da terra e do gado dos outros. Genésio atravessava boi, a nado, no rio Gurgueia. Gostava de beber, às vezes além da conta, e era mulherengo. Até noivo ficava, se precisasse. “O pai não era envolvido com estudo, mas tinha uma linda caligrafia”, disse o filho. “Cuidou muito da minha educação. Com 5 anos eu já estava alfabetizado. O pai lia Cecília Meireles, tinha interesse em literatura. Sabia que era importante pra nós.”

Genésio trabalhou numa recauchutadora de pneus em Ceilândia. Dona Sebastiana virou professora concursada, primeiro de comunidade rural e depois em Brasília. A família melhorou de vida e comprou casa própria. Genival e seus irmãos – o bancário Sanderson e a funcionária pública Karlla Soraya – foram educados com rédea curta.

GOG estudou em escola pública, no Guará II, para onde a família se mudou quando tinha 8 anos. Foi trabalhar com 16 anos, como contínuo em um consultório de dentistas. Aos 12, quando começou a ir a festas nas cidades-satélites e a gostar de dançar, a música entrou na sua vida. “Minha trilha sonora era James Brown, Paulo Diniz, Roberto Carlos, Gerson King Combo”, disse. No final dos anos 70, a dança levou-o a formar o primeiro grupo, Os Magrello’s, com mais uma dezena de garotos do Guará II. Eles dançavam funk e soul, mas acabaram no break, que, com seus voos de braços, pernas e cabeças girando (referência à guerra do Vietnã e seus helicópteros), é característica do hip-hop.

Foi com Os Magrello’s que GOG viveu a primeira das muitas encrencas que teria com os parceiros: não deixou que os companheiros entrassem no Fusquinha usado que acabara de comprar. “Eles estavam suados”, explicou, sugerindo arrependimento, num banco de hospital, à espera do amigo depressivo. Saiu de Os Magrello’s com fama de metido, ou de “cheio de querer ser”, para usar um verso de Mano Brown, dos Racionais.

Montou outro grupo, o SOS Rap, que não foi adiante. Virou bancário, prestou vestibular e foi aprovado no curso de economia de uma faculdade particular. Mas o rap o pegara de vez. Os colegas do banco cansaram de vê-lo às voltas com letras enormes, que fazia no horário de trabalho. Abandonou a faculdade um ano antes de se formar. Fez gravações amadoras e as mostrou em shows e concursos nas cidades-satélites. Em 1989, conquistou o quarto lugar num torneio, com um rap que rimava “Brasília” com “oitava maravilha”.

Em 1990, em São Paulo, saiu o primeiro disco dos Racionais, Holocausto Urbano, com o sucesso Pânico na zona sul. Foi o sinal de que o rhythm and poetry, ou rap, era bem mais que a importação de um ritmo americano. Referindo-se aos Racionais, o músico e ensaísta José Miguel Wisnik escreveu, em 1997, que o rap de São Paulo era “o mais marcante fato novo da música no Brasil desde muito tempo, como expressão social, como linguagem, como fenômeno de produção, distribuição e criação do público”.

Para Fernando de Barros e Silva, o rap implodiu “o mito de nossa utopia cordial” e se constitui, “como expressão cultural e fato social, num sintoma furioso de um fim de linha histórico”. O músico e ensaísta Luiz Tatit não concorda que a canção venha cedendo espaço para o rap. “Nada é mais radical como canção do que uma fala explícita que neutraliza as oscilações ‘românticas’ da melodia e conserva a entonação crua, sua matéria-prima”, escreveu. “A existência do rap e outros gêneros atuais só confirma a vitalidade da canção.”

Para GOG, Pânico na zona sul provocou “o mesmo deslumbre que os americanos tiveram quando ouviram Malcolm X. Esse rap é uma convocação de guerra, com liderança, texto e personalidade”. Os Racionais prestaram uma homenagem a GOG ao citar um de seus mantras – “periferia é periferia em qualquer lugar” – numa das músicas de Sobrevivendo no Inferno. O brasiliense também os citou, em mais de uma letra. E também fez uma música na qual se comparou ao líder negro americano, assassinado em 1965: Malcolm X foi à Meca e GOG ao Nordeste.

Seguindo a trilha dos Racionais, o Distrito Federal, que já dera frutos no pop, como Legião Urbana e Raimundos, tornou-se uma referência do rap nacional. Ceilândia foi um dos berços do rap brasiliense. Um dos bebês daquela época, hoje com 42 anos e monumentais 170 quilos, é o DJ Jamaika. Ele não gosta que lhe perguntem o nome verdadeiro – “Pra quê?”, retrucou logo, de cara feia –, mas acabou concedendo: chama-se Jefferson Alves. Dois de seus raps, Síndrome de Caim e Chegando devagar, estão na trilha sonora de um filme com Arnold Schwarzenegger, Efeito Colateral. Jamaika tem dez discos gravados e estima já ter vendido 500 mil unidades. Naquele começo dos anos 90, ele e Alexandre Tadeu Silva, o rapper X, formaram o Câmbio Negro. Rendeu um único disco porque tiveram uma briga que persiste até hoje. A faixa Sub-raça alude ao faux pas cometido por Lula na campanha presidencial de 1989, quando disse que o Nordeste, se continuasse na miséria, poderia dar origem a uma sub-raça. “Sub-raça é a puta que o pariu”, grita X no refrão.

Nessa mesma época, Genival Oliveira Gonçalves, por sugestão de dois amigos, passou a se chamar GOG. Jamaika, ele e X tornaram-se amigos e parceiros musicais por alguns anos. Um dia se estranharam. Jamaika não quis falar sobre os motivos e X se recusou a dar entrevista. “Não vou falar porra nenhuma”, disse ao telefone. “O rap virou essa merda que está aí.”

GOG contou que a gota d’água da briga foi um comentário “infeliz” que ele fez referente a uma suposta superioridade de Guará II sobre Ceilândia – ou CI, como eles falam –, no quesito break. “Uma bobagem que custou dez anos de muita tensão”, disse o rapper. “Teve dia de eu sair com o ferro porque fui informado que eles iriam me acertar”, disse. (“Ferro”, no caso, é revólver.) “O acerto ia ser no Quarentão, um salão de festas de Ceilândia. Eles estavam lá, tudo ferrado, tudo maquinado, velho. Eu cheguei de boa, entrei, eles ficaram tudo me olhando, mas eu ignorei a provocação e fui-me embora. Mas eu me perguntava: qual das mães vai chorar? E respondia: a minha não vai.”

Jamaika, X e outros desafetos que GOG coleciona – “eu tenho essa sina” – levaram a polêmica para letras e discos. Uma das mais sulfúricas chama-se Falsa malandragem, e foi feita por Jamaika e Rei, outro rapper de Ceilândia. Nela, GOG é chamado de “girinão”, “gangstar”, “babão”, “otário”, “barrabás” e “safado”. Ele nunca respondeu. “É que eu sempre fui um cara da caminhada, velho”, explicou. “O problema é que eu tinha 2º grau, estava fazendo faculdade e tinha um bom emprego. Agora, se eu me desprovi da sua amizade, eu não vou falar mal de você e nem ficar caminhando com você. Só que eu vou crescer, cara, e crescer muitas vezes irrita o adversário.”

X também pegou pesado em Que irmão é você?, no qual ele diz do desafeto: “Ainda existem/ pessoas que por nós são consideradas/ e que depois de muito tempo mostram sua cara safada.” São águas passadas: Jamaika e Rei viraram evangélicos e pediram desculpas a GOG, que aceitou. Até cantaram juntos em shows.

Cláudio Raffaello Serzedello Corrêa Santoro – filho de maestro e bailarina famosos no Brasil e no exterior – é conhecido em Brasília como DJ Raffa. Tem 41 anos, é gordo de dar na vista e produziu, como músico e arranjador, discos marcantes do rap brasiliense. Tem quatro discos de ouro – acima de 100 mil cópias – como produtor. Sua história está contada no livro autobiográfico Trajetória de um Guerreiro, de 2007. GOG também encrencou com Raffa, ou vice-versa. Por causa de dinheiro. Em 1993, morando em São Paulo, Raffa não conseguiu cobrir um cheque que o rapper lhe emprestara. Pois GOG foi a São Paulo e simplesmente levou embora o teclado com que o amigo trabalhava, e só o devolveu quando o cheque foi coberto.

“Quem não errou nessa longa trajetória?”, perguntou o DJ, filosoficamente. “O GOG não tem papas na língua, não. Ele fala sem pensar, no calor da emoção. Mas é um cara do bem. Muito inteligente e bem informado. Suas letras são muito bem elaboradas, com boas rimas por dentro e por fora.” Raffa contou que uma vez, durante certa gravação em seu estúdio de Brasília, GOG, com o calor do desempenho, foi tirando e jogando peça por peça da roupa, sem parar de cantar. “Ficou só de cueca – o que é um bom exemplo da energia dele”, disse.

Desde o primeiro disco, na contracorrente do gênero, GOG não fala palavrões. Mas não lhe falta agressividade (o mau político “é sujo, é podre, é lixo”), nem versos inventivos (“não deixe o óbito se tornar lógico”). Ele explicou que não usa palavrões como “estratégia para que as músicas atinjam o máximo de pessoas. O rap nacional tem músicas com palavrões bem colocados, como Sub-raça, para citar só um exemplo. Outros forçam, são desnecessários e sem sentido”.

Ele começou a fazer sucesso em meados dos anos 90. Montou uma gravadora, lançou grupos novos e abriu meia dúzia de lojas no Distrito Federal para vender roupas e discos de rap. Rogéria é quem administra as lojas, hoje reduzidas a duas, uma delas no Shopping Conic. Ali também atende, em outra loja, o DJ Régis, de 35 anos, do grupo de rap evangélico Provérbio X. GOG foi convidado para fazer uma participação no show deles e topou. “Cada minuto com ele é um aprendizado, no rap e na vida”, disse Régis. “Pode escrever aí que eu amo o GOG do fundo do meu coração.”

Depois de onze anos como bancário, alternando terno e gravata com visual hip-hop, GOG pediu as contas. Já fazia muitos shows em São Paulo, num cansativo vai e volta. Chateado com as desavenças brasilienses – “era São Paulo me batendo palmas e Brasília me jogando pedra” –, mudou-se, em 1999, com Rogéria e as crianças, para Hortolândia, perto de Campinas. Ficaram quatro anos por lá e voltaram ao Guará II.

Num voo matinal Brasília-Maceió, primeiro destino de sua turnê de oito dias pelo Nordeste, GOG fez cara feia quando duvidei de sua capacidade de compor de improviso, como alardeava. “Me dá uma folha aí e escolhe um tema”, falou, ajeitando-se na poltrona desconfortável. Em pouco mais de um minuto, escreveu dezessete versos sobre o tema “A garota da Uniban”. Eles rimavam talibã com Unibanvestir com sentir e opressão com liberdade de expressão.

Num restaurante da praia da Ponta Verde, em Maceió, onde comeu lagosta pela primeira vez na vida, encantou as professoras Ruth Vasconcelos e Fátima Albuquerque, da Universidade Federal de Alagoas, responsáveis por sua contratação, por 10 mil reais. Jamais haviam visto um músico tão articulado e provocador. Outro organizador do show era Carlos Martins, aluno da universidade. Ele viu um espetáculo de GOG em Salvador, se empolgou, entrou em contato com o rapper e convidou-o a se apresentar em Maceió. As professoras cogitaram convidar nomes consagrados da música popular, como Milton Nascimento ou mesmo Chico Buarque. Carlos Martins convenceu-as de que o negócio agora era o rap, e que o rap era GOG.

Foram dois dias agitados. Já na primeira noite, GOG visitou a favela Sururu de Capote, à beira de uma lagoa fétida e poluída. Animado com um grupo de meninos que gostavam de rap, voltou aos tempos em que dançava, e improvisou um show-relâmpago. Na mesma noite, teve fôlego para uma reunião com grupos de hip-hop em um bairro periférico e para cantar Brasil com P à capela, só no GOGó. “Muita gente entra no rap por vaidade e para pegar as meninas, mas essa fita não vira”, disse aos 150 manos e minas que participaram do debate. “Nós temos que repensar e refundar o hip-hop.”

No outro dia, Carlos Martins levou-o ao Parque Memorial Quilombo dos Palmares, na serra da Barriga. Lá, GOG agiu como se Zumbi ainda estivesse vivo. No meio da caminhada pela estrada de terra que levava ao parque, puxou o celular. Ligou para um presidiário amigo e juntos fizeram uma oração. “Pedimos liberdade a esse irmão e sabedoria para conduzir o nosso dia a dia”, rezou. O rapper zanzou pela serra íngreme, sozinho, por umas três horas. Reapareceu suado, feliz e com as mãos, braços e bolsos cheios de mexericas e laranjas. “Elas foram banhadas pelo mesmo lençol freático dos tempos de Zumbi”, anunciou ao voltar.

Carlos Martins e as professoras haviam conseguido, em prol do sucesso do show, uma entrevista junto à repetidora local da Globo. Não sabiam, como os fãs do rapper sabem há muito, que GOG e Globo só combinam no G. Assim como não toma Coca-Cola e não calça tênis da Nike, ele não dá entrevista para a maior rede de televisão. Disse isso a Martins com a tranquilidade dos eleitos. O rapaz insistiu, argumentou universitariamente, rogou, se alterou um pouco, disse que a universidade estava pagando. GOG ignorou tudo olimpicamente, e Martins desmarcou a entrevista.

Na manhã seguinte, em outro bairro pobre, o rapper foi ao estúdio modestíssimo de um DJ iniciante, Paulo Henrique Leite da Silva, o PH, de 26 anos. Antes de subir a escada caracol, GOG deixou o celular para o filho de PH brincar. No estúdio, cercado de admiradores, pegou o microfone e fez um discurso falando sobre a serra da Barriga, Zumbi, a revolução e a verdade. Foram quatro minutos e meio de transe ininterrupto.

Na noite do show, na praia de Pajuçara, 1 500 pessoas assistiram a seu show, que se desenvolveu num crescendo de entusiasmo, até explodir perto do fim. “Parece que um preto velho baixa em mim”, ele explicou. Apresentou-se com uma camiseta preta com a frente tomada por uma foto do presidente Barack Obama. Abaixo da foto, em letras cheias, a palavra “Revolução”. Em uma de suas músicas, em vez de usar o clichê “o barato é louco”, ele canta “o Barack é louco”.

Ele foi acompanhado na turnê nordestina pelo DJ A, ou Alysson Lopes de Lima. Ele tem 30 anos, é forte, usa tatuagens, brinco, camiseta e boné. Mas, sobretudo, é calado. Talvez por isso tenha conseguido não se atritar com o rapper, ou vice-versa. O segredo é que só se veem minutos antes de começar o show. O resto do tempo é cada um na sua. No palco, o rapper GOG não fica parado e suas letras saem cristalinas. A plateia que está logo à frente do palco se esgoela com o refrão: “Revolucionários do Brasil/ Fogo no pavio!/ Fogo no pavio!”

O melhor momento foi Brasil com P: GOG saiu do palco e cantou todo o rap, misturado com o público, andando sem parar e às vezes correndo como um louco. Uma hora, encostou num carro da polícia parado no calçadão e cantou de lá. Como faz em todos os outros shows, o rapper ficou duas horas atendendo aos fãs, e vendendo as camisetas, CDs e DVDs numa banca improvisada. Como em outras ocasiões, aceitou que dezenas de fãs – ou “seguidores”, como prefere – pagassem depois as compras, depositando o valor combinado na sua conta. Pelo telefone, Rogéria repreendeu sua liberalidade. “Eu faço isso para eles confiarem que a autogestão é possível”, respondeu o rapper, depois de tentar apaziguá-la com palavras de carinho.

Aligação para o presidiário amigo, feita da serra da Barriga, não foi a primeira que GOG fez para o rapper Dexter. Ele se chama Marcos Fernandes de Omena, condenado a 38 anos de prisão por homicídio e assaltos à mão armada. Cumprindo pena há doze anos, foi o criador, junto com Afro-X, do grupo 509-E. O nome do grupo homenageia o número da cela em que Dexter e Afro-X estiveram presos no Carandiru. A história da dupla está contada no documentário Entre a Luz e a Sombra, de Luciana Burlamaqui, lançado no final do ano passado. Dexter continua a carreira solo e, de vez em quando, é liberado da cadeia para compromissos profissionais. Ele ganhou um Prêmio Hutúz em dezembro.

Dexter tem ligações com o Primeiro Comando da Capital, o PCC, que controla boa parte dos presídios paulistas. GOG contou que Dexter o convidara, em nome do PCC, para que fizesse um show no dia de Natal, em um bairro da periferia de São Paulo, e lhe ofereceu 7 mil reais de cachê, em três prestações. “Aceitei porque eles fizeram uma consulta nas comunidades, e o escolhido fui eu”, disse. Sacou a primeira parcela, de 3 mil reais, de um caixa eletrônico em Maceió. “Está vendo como é? Eles pagam com antecedência e sem furo, como combinado”, disse, mostrando o extrato comprovando o depósito e reclamando da demora de outros contratantes.

Outro seu amigo e parceiro é o rapper Altino Jesus do Sacramento, o Gato Preto, condenado a dezenove anos de cadeia por sequestro e porte ilegal de arma. Está preso em Osasco. “Mesmo ele tendo dado essa desviada para o crime, o Gato Preto talvez seja o parceiro que eu mais ame nessa caminhada, que mais eu tenha orgulho”, disse.

O rapper chegou a visitar o cativeiro no qual Gato Preto guardava um refém, coreano. Ao saber do que se tratava, GOG não quis parceria. “Eu sou pelo certo”, falou. “Para mim, o crime não vira, o PCC não vira, o tráfico não vira.” São frases que ele também fala nos palcos – como disse nos shows de Olinda e de João Pessoa. Não é uma contradição para quem recebe dinheiro do PCC? “Pode até ser, mas eu não tenho medo da polêmica e da contradição”, respondeu. Gato Preto é um dos mandachuvas da favela do Jardim Colombo, na Zona Sul paulistana. Lá ele montou o Centro de Inclusão Digital Genival Oliveira Gonçalves. “Você chega e está lá aquela placona, com um monte de moleque no computador. É uma das maiores homenagens a mim”, disse GOG.

Autor de Bim Bom: A Contradição sem Conflitos de João Gilberto, livro de referência sobre o inventor da bossa nova, o professor e músico Walter Garcia, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, é um dos poucos da área acadêmica a se interessar pelo rap – com foco na obra dos Racionais. “O GOG elabora uma crônica social, com o objetivo de conscientizar, visando uma modificação social e política profunda na sociedade”, disse Garcia. “Acho genial o uso do cujo na letra de Brasília periferia, quando ele se refere ao Roriz sem citar seu nome. É um jeito sofisticado de fazer poesia.” O trecho é este:

Daqui tô vendo luzes acesas

É Samambaia

Vários botecos abertos

Várias escolas vazias

Coisas inacreditáveis acontecem à luz do dia

Lá o vibrião da cólera seria epidemia

Reduto eleitoral bastante disputado

Hoje dominado por um infeliz

Cujo nome se rima não se diz

Walter Garcia definiu GOG como “um iluminista da periferia”. O rapper tem versos assim: “O raciocínio comanda meu punho”; “Atitude não é dedo no gatilho”; “Meu sonho um sorvete carregado em pleno sol”; “A verdadeira malandragem é viver”; “Ser preto é moda, concorda?/ Mas só no visual/ continua caso raro de ascensão social”; “Rap nacional é o terror que chegou”.

O rap começou a interessar Garcia em 1993, quando escutou Raio X Brasil, o terceiro disco dos Racionais. “Eu senti que ali tinha uma obra de arte, no mesmo nível de um disco do João Gilberto”, disse, citando um dos maiores sucessos do grupo, a música Fim de semana no parque.

A cantora Maria Rita ouviu falar de GOG quando gravava seu segundo CD. Foi Lenine quem lhe falou dele. “Quando ouvi Brasil com P, aquilo mexeu comigo demais”, disse ela. “Foi coisa de sentir raiva, de sentir lucidez, de sentir emoção. É uma obra-prima, uma coisa de gênio urbano.” Em 2007, GOG a convidou para participar do DVD ao vivo, gravado num teatro de Brasília. “A princípio, estranhei: por mais que ame rap, aquilo não era minha parada. Conversamos e sugeri que eu fizesse um vocalise mais sofrido, que coubesse dentro da narrativa dele e que tivesse mais a ver com o meu lance de intérprete. Ele topou ver como ficaria e, já na passagem de som, ficamos ambos arrepiados. O cara é inteligente, é articulado, é engajado, é preocupado.”

Maria Rita vê o rap como um “movimento urbano, contemporâneo, das massas oprimidas – e onde quer que seja, há opressão, há as minorias, há os Brasis com ‘P’. O nosso rap é retrato da nossa realidade, e, pelo que acompanho, não caiu na desgraça de ser diminutivo do sexo feminino, de esbanjar cifras, de fazer apologia à violência, como em algumas vertentes do rap americano. Eu acho que há muita consciência dentro do gênero no Brasil”.

GOG gastou 200 mil reais na produção do DVD Cartão Postal Bomba!. Além de Maria Rita, levou para um hotel de Brasília: Lenine, o cantor Paulo Diniz e o James Brown brasileiro, Gerson King Combo. Com 66 anos, Combo foi condecorado com a Ordem do Mérito Cultural pelo presidente Lula. GOG o aponta como uma de suas maiores influências musicais – e não esconde que defendeu a sua condecoração no Conselho Nacional de Política Cultural.

GOG explicou que Brasil com P surgiu da expressão made in Brazil. “Eu, moleque, me perguntava: por que com Z? Foi quando o KL Jay – e mais uma vez vem Racionais na minha vida – criou um selo e uma marca de roupa chamada 4P – Poder Para o Povo Preto. Mas tinha um O no meio. Então eu saí de duas indagações, o Brazil com Z e os quatro ‘Pês’ sem o O. Disse para mim mesmo: ‘Cara, eu vou fazer um Brasil não com S, mas com P.’”

E prosseguiu: “Depois que eu saquei, aí pronto. Quando a ideia louca surge, você não pode mais fugir dela. ‘Olha o tanto de escada que eu vou ter que subir’, pensei. Mas sabia que era uma grande obra, como construir uma ponte Rio-Niterói, e o nosso povo precisa.”

Ainda disse mais, mas chega. Na prática, escreveu um monte de palavras com “P”, fez um texto normal com a mensagem que queria passar, e foi substituindo todas as palavras por outras que começassem com P. “Aí você não perde a lógica, porque o texto já está ali”, contou.

No final do ano, a revista Rolling Stone publicou que Brown fechara um contrato de publicidade com a Nike. O rapper se justificou assim: “Não posso ser refém de nada, nem do rap. Vamos quebrar. Aquele Mano Brown virou sistema viciado.” Brown já havia dito, no programa Roda Viva, que passara a usar o tênis, mesmo já tendo xingado tanto a marca. “As contradições só acabam quando se morre”, argumentou. Resta discernir o que é responsa e o que é gogó, o que é real e o que é atitude.

GOG ainda não sabe direito como encarar os rappers iracundos que subitamente viraram garotos-propaganda das mercadorias que atacavam. Ele publicou uma carta de protesto, na internet, quando o rapper Emicida e a Nike assinaram um contrato que permitiu à empresa o lançamento de um tênis com a frase “A rua é nóiz”, da música Triunfo, de sua autoria. “A Nike não vira, o hip-hop tem que construir suas próprias alternativas”, disse GOG.

Mas quando a pergunta é sobre a mudança de Mano Brown, GOG embroma: “Ainda estou refletindo sobre as contribuições estruturais do MB, do seu surgimento. A repercussão é tão grande, profunda, que não gostaria de me concentrar nesse momento em mudanças, avanços, recentes.”

GOG diz que não usa drogas e bebe pouquíssimo. “Sou a favor da legalização do arroz com feijão”, repetiu algumas vezes. Nos oito dias da turnê, tomou quatro taças de vinho, duas antes e duas depois do show de Olinda. Ele e o DJ A foram de Maceió para Recife de ônibus. Ele mesmo comprara a passagem, na véspera.

O show de Olinda foi organizado pelas produtoras Iracema Abreu e Ilma Ferreira, que já o haviam levado em outra ocasião. A dupla já trabalhou com outras estrelas do rap, entre elas MV Bill. Deu trabalho encontrar, para Bill, uma camisinha tamanho GG, na alta madrugada. GOG, marido fiel até onde a vista alcança – “é, sim”, confirmou Rogéria –, não deu esse tipo de trabalho. Aceitou dar entrevista para uma rádio, não perdeu a calma quando a falta de luz provocou um atraso de três horas e ainda teve paciência para atender os fãs depois das três da madrugada, quando o show terminou.

No dia seguinte, às dez da manhã, estava ao volante de um carro alugado, que dirigiu até a capital da Paraíba. Havia outros motoristas no carro, mas GOG fez questão. Tirante uma ultrapassagem pela direita e uma invasão de sinal, dirigiu bem. Sua anfitriã e organizadora do show foi a rapper Kalyne Lima. Ela tem 28 anos, é casada, mãe, fez parte da dupla Afronordestinas e tenta carreira solo. Kalyne levou-o para um palco precário numa praça de João Pessoa – o lugar mais pobre em que se apresentou. O show começou às 23 horas, para 500 pessoas. Foi ali que ele tirou do bolso as mexericas banhadas pelo lençol freático da serra da Barriga. Tomou-as nas mãos, partiu-as, debulhou-as e deu os gomos aos fãs como se fossem hóstias. “É a mexerica do quilombo!”, proclamou. “É a nossa santa ceia com Zumbi dos Palmares!”

LUIZ MAKLOUF CARVALHO

Luiz Maklouf Carvalho, jornalista, é autor de “O Coronel Rompe o Silêncio”, da Objetiva, e coautor de “Vultos da República”, da Companhia das Letras.

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